sábado, 12 de fevereiro de 2011

EGIPTO



E, de repente, o Egipto ofereceu ao mundo o (seu) som da liberdade. Foram precisos 18 dias de perseverança e persistência, de luta e profecia, de um advento que gerou democracia, esperança, luz. Uma luz ainda pouco definida, mas, para já, luz!

18 dias demorou Hosni Mubarak a entender o grito e a mensagem clamorosa da praça Tahrir. Infelizmente os ditadores, os tiranos, os que transformam o poder politico num poder absoluto, têm essa característica comum: serem surdos. Neste caso, foram 30 anos de surdez relativa e 18 dias de surdez absoluta. Mas os clamores do povo estavam lá. Silenciosos. Os egípcios não desistiram: a falta de liberdade, a pobreza extrema da maioria, a fome, a corrupção nas elites do poder… A Praça Tahrir teve a última palavra: mostrou ao mundo como a esperança pode vencer o medo!

300 mortos (mártires) depois do inicio da revolução, ou onda de mudança, o povo do Egipto redescobre a dignidade. E o mundo árabe está a mudar. Já entrado o segundo milénio e em pelno século 21, os povos já não suportam ditadores nem faraós. Querem liberdade, justiça, dignidade, direitos humanos básicos.

Só uma Praça chamada Tharir (Libertação) para uma acção popular tão consequente. 11 de Fevereiro: O dia em que a vontade de muitos conseguiu derrotar a tirania de um só!


Há uma música que foi o oxigénio das multidões que foram para as ruas do Egipto nestes últimos dias. Uma canção de intervenção, ilustrada no vídeo com imagens da Praça Tahir. Vale a pena ler a letra e ouvir a música. É viral. Contagia!
Albino Brás

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